Destaque, Doenças Bucais, Saúde Bucal
HIPERDONTIA: O QUE É? QUAIS SÃO AS CAUSAS? QUAL O MELHOR TRATAMENTO?
Imagina ter mais dentes na boca do que o considerado “normal”? Isso sem contar com os sisos, claro. Algumas pessoas podem até estranhar no início, mas essa condição, apesar de rara, não é um bicho de sete cabeças desde seja tratada assim que for identificada. Além de poder afetar a estrutura da cavidade oral, a hiperdontia também pode estar relacionada a outras síndromes.
O QUE É HIPERDONTIA E COMO IDENTIFICAR
Denomina-se hiperdontia a formação de um número aumentado de elementos dentários, que podem ser classificados como supranumerários (forma anatômica anormal) ou suplementares (forma anatômica normal). Mas como saber se você tem o número certinho de dentes? Por mais que a maioria dos casos seja assintomático, o diagnóstico normalmente é feito por exames radiográficos de rotina. A detecção precoce e o subseqüente tratamento são muito importantes na prevenção de várias alterações bucais. Apesar de assintomáticos, os dentes supranumerários têm sido associados à dor, bem como à pericoronarite. Daí a importância do diagnóstico e da remoção precoces.
A HIPERDONTIA SE MANIFESTA NA INFÂNCIA OU APENAS NA FASE ADULTA?
A maioria dos casos ocorre na dentição permanente, embora possa acontecer seu aparecimento em ambas as dentições (decídua ou permanente). Além disso, a maior ocorrência acontece no sexo masculino e, embora os dentes supranumerários possam ser bilaterais, a maioria ocorre unilateralmente. Casos em que a hiperdontia acontece em um único dente ocorre mais freqüentemente na dentição permanente, sendo presente, aproximadamente, em 90% na maxila, com forte predileção pela região anterior.
O EXCESSO DE DENTES É CONSIDERADO UM PROBLEMA BUCAL?
Além de ser um problema propriamente dito pela dor que costuma causar, a hiperdontia também está associada à má oclusão, reabsorção radicular, desvitalização de dente vizinho e a formação de cistos com destruição óssea. Numerosas síndromes hereditárias estão associadas com a hiperdontia, como as seguintes: angio osteo hipertrófica, displasia cleidocranial, Curtius, Fabry-Anderson, Gardner, Hallermann-Steiff, oral-facial-digital tipo I, Sturge-Weber.
CIRURGIA PODE RESOLVER O PROBLEMA
Antes de iniciar qualquer tipo de tratamento, o ideal é que haja uma análise minuciosa do caso para que o diagnóstico seja realizado corretamente. Este procedimento envolve radiografias panorâmicas e periapicais em todas as crianças na fase de dentição mista. Já nos adultos, esse processo é feito de forma regular, juntamente a um bom exame clínico, evitando possíveis problemas funcionais e estéticos aos dentes adjacentes. Uma vez constatada a presença de um supranumerário – seja irrompido ou retido -, e que esteja interferindo no estabelecimento normal de oclusão, recomenda-se a remoção cirúrgica o mais rápido possível.
Fonte: sorrisologia
Não existem comentários.